Para. Sério, para e olha. Na sua volta tá cheio de gente só querendo empatia.

Chega de pensar em si mesmo o tempo todo! Só importa o que você sente? Só vale cuidar de si e cada um com seus problemas?

Não é assim. Para. A gente é pouco. Nada. Só vira algo quando compartilha. Quando percebe que só consegue ser sozinho porque tem gente em volta. Que só tem indivíduo porque tem grupo. Que só tem parte porque tem todo.

Então, para. Ouve um desabafo sem interromper. Só escuta. É. As vezes é só isso. Enquanto escuta tenta compreender. Não é obrigatório conseguir. Mas só tenta. Pode ter certeza, você vai ouvir muito mais do que imagina. Vai ajudar mais do que pensa.

Presta atenção no que está na sua frente. Repara naquela cara triste, naquele semblante preocupado, naquele choro segurado. Não precisa fazer nada. Se não quiser, nem olha. Só não julga com aquela sobrancelha fechada e aquela retina juiz. Mas se for olhar, tenta dizer algo com os olhos. Algo que soe como “tomara que passe”.

Observa com os sentidos perfeitos que você tem aquela pessoa que teve aquele comportamento estranho. Se interessa, considera. Calma. Não precisa agir se não puder/quiser/souber. Não precisa entender. Só respeitar. Talvez você entenda e até se reconheça ali. A gente tá conectado. Pode reparar.

Mas calma. Na maioria das vezes nem sabemos o que fazer mesmo. Mas se interessa ai dentro, internamente mesmo. Já é transformador!

Não fala agora. Primeiro se interessa, depois vê e ouve. Aí você fala. Nossa palavra sara, mas também corta na carne. A dor de uma palavra mal dita é física. Então cala e se atenta.

Você vai saber o que dizer depois de reparar. Mesmo que fique em silêncio. Você vai saber o que dizer e perceber quando ajudou. Eu tenho certeza que vai ajudar.

Essa é a melhor sensação do mundo! Melhor do que qualquer coisa que você pode comprar, melhor do que qualquer capricho que você deseje.

Quando perceber que ajudou, abrace.

Sente essa energia! E se ajude também. Nesse ciclo da empatia, todo mundo evolui, todo mundo ganha.